terça-feira, 25 de maio de 2010

Crustáceos



Os crustáceos são animais invertebrados. O grupo é bastante numeroso e diversificado e inclui cerca de 50.000 espécies descritas. A maioria dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões e as cracas e percebes, tatuís ou Emerita brasiliensis (que vivem enterrados nas areias das praias do Brasil), os siris e os caranguejos, mas também existem crustáceos de água doce, como a pulga da água (Daphnia) e o camarão do Rio São Francisco do estado da Bahia (Brasil) e mesmo crustáceos terrestres como o bicho-da-conta e o tatuzinho de jardim que habita as terras brasileiras.Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossas abissais dos oceanos, até glaciares e lagoas temporárias dos desertos.

Sistema nervoso dos Crustáceos


O sistema nervoso é formado de gânglios supraesofágico (cérebro, gânglio subesofágico e cordão nervoso ventral duplo. O gânglio subesofágico é resultante de fusão de 5 ou 6 pares de gânglios.

Aparelho excretor dos Crustáceos


Formado por um par de glândulas verdes, situadas na face ventral da cabeça, que se abre no meio exterior de um orifício próximo a base das antenas. As glândulas retiram restos orgânicos e sais da hemolinfa. São os únicos órgãos excretores dos crustáceos. Invertebrados aquáticos eliminam o nitrogênio como amônia, composto este altamente tóxico, porém rapidamente eliminado porque há sempre excesso de água

Sistema Digestivo dos Crustáceos


O sistema digestivo - é formado pela boca, esôfago, estômago dividido em duas partes: 1º- anterior, denominada câmara cardíaca e a 2º- posterior chamada de câmara pilórica; Intestino médio, intestino tubular e ânus. Na câmara cardíaca existem dentes calcificados formando um moinho gástrico que ajuda na trituração dos alimentos.
O sistema digestivo é completo. A digestão é extracelular. O estômago é formado por uma câmara cardíaca e uma câmara pilórica. Há também glândula anexa que auxilia na digestão, o hepatopâncreas, que lança enzimas no tubo digestivo.

Sistema Respiratório dos Crustáceos


A respiração é do tipo branquial. As brânquias são estruturas filamentosas e irrigadas pelo sangue, que se projetam da superfície de certas regiões do corpo. A circulação da água entre as brânquias permite que o oxigênio da água difunda- se para o sangue. O gás carbônico presente no sangue difunde- se para a água ao redor.

Sistema Circulatório dos Crustáceos


Os crustáceos possuem um sistema circulatório aberto ou lacunar. Há um coração no dorso, que bombeia o sangue (hemolinfa) que pode ser de cor branca, amarela ou azul, através de seis artérias que se distribuem pelo corpo e retorna ao coração pelos ostíolos. A hemolinfa transporta nutrientes e excreções celulares.

Importância Econômica dos Crustáceos


Nos ambientes aquáticos, a vasta população dos microcrustáceos, como os copépodes e o krill, tem papel fundamental nas teias alimentares.
Formam o chamado zooplâncton, e são consumidores primários. Alimentam-se do fitoplâncton constituído por algas unicelulares, e servem de alimento para outros animais. Correspondem, nos ambientes aquáticos, aos herbívoros terrestres pois, enquanto as plantas são os principais organismos fotossintetizantes dos ambientes terrestres, as algas ocupam essa posição, nos ambientes aquáticos.
Os crustáceos microscópicos, os copépodes, fazem parte do plâcton marinho.
O plactôn é uma comunidade de pequenos seres flutuantes que dividem- se em: fitoplâncton, seres autótrofos, principalmente algas, que tem um papel importante como produtores de alimentos, pois realizam fotossíntese; e zooplâncton, seres heterótrofos como as águas vivas, os copépodes, os krills, os protozoários e as larvas.
As lagostas, os camarões e siris são alimentos muito apreciado pelo homem, atingindo elevados preços no mercado.

Órgãos sensitivos


São estruturas que colocam o animal em contato com o meio ambiente, são sensíveis ao tato, gosto, olfato e visão.
A visão e dada pelos olhos compostos que são pedunculados e móveis. O tato é percebido pelos pêlos tácteis que se distribuem pelo corpo. O sentido químico, gosto mais olfato, reside em pêlos localizados nas extremidade das antenas, peças bucais e extremidade daquelas.
Equilíbrio e orientação à gravidade é dado pelo estatocisto que é uma estrutura em forma de saco que se abre dorsalmente sob pêlos finos, no artículo basal de cada antênula.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Abdome


É formado por diversos segmentos distintos e articulados. Seus apêndices (pernas abdominais) são denominado PLEÓPODOS, ajudam na respiração e carregam os ovos das fêmeas. Os últimos segmentos são estruturas achatadas; os dois laterais são denominados urópodos e o central, telso. Em conjunto eles formam um remo para natação.
Obs - cada segmento do corpo é formado como nos insetos por 4 peças:
Um tergo
Um esterno
Duas pleuras

Cefalotórax


Apresenta-se como uma rígida estrutura, não articulada, resultante da fusão da cabeça e tórax, sendo que a região cefálica é constituída de 5 ou 6 segmentos e a região torácica de 8.
Na região da cabeça um par de olhos penduculados e móveis, dois pares de antenas, o par mais curto é chamado de antênulas birremes e o longo de antenas; ambos são receptores de estímulos do meio ambiente. Ocorre também um par de mandíbulas para mastigação e dois pares de maxilas.
Na região torácica encontramos cinco pares de apêndices (pernas torácicas), denominados PERIÓPODOS, são usados para andar sobre o fundo.

Morfologia Externa


Possuem exoesqueleto, este composto por substâncias calcárias que o torna rígido e a quitina, uma das funções da quitina é impedir que o animal perca água, o que poderia desidratá- lo.
São dotados de patas e prolongamentos, estes chamados apêndices. O corpo é dividido em cefalotórax e abdome. O cefalotórax é formado pela fusão da cabeça com o tórax, é coberto pelo prolongamento do exoesqueleto, a carapaça, a extremidade dela é chamada rostro. Na cabeça há um par de olhos, dois pares de antenas sensoriais e um par de mandíbulas para mastigação, a boca localiza- se entre elas e dois pares de maxilas.
Durante a vida do animal ocorre periodicamente a muda. Um novo exoesqueleto se desenvolve embaixo do antigo e depois se solta dele, exoesqueleto antigo se rompe e o animal sai do revestimento. O exoesqueleto que se formou permite o crescimento do crustáceo por um período devido a sua flexibilidade. Depois o exoesqueleto endurece, interrompendo o crescimento.

Características Gerais dos Crustáceos


Têm o corpo normalmente dividido em cefalotórax e abdome.
São dotados de número variável de pernas, geralmente cinco pares, e dois pares de antena.
Algumas espécies são filtradoras, alimentando-se de microorganismos e de detritos orgânicos diversos que se encontram em suspensão na água; outras são carnívoras e se nutrem de animais que capturam ou mesmo de cadáveres em decomposição.

Origem dos crustáceos

Os primeiros artrópodes já viviam enterrando- se na lama do fundo dos mares há 600 milhões de anos. Eram os trilobitas. Há aproximadamente 350 milhões de anos, os mares eram habitados também pelos euripterídeos. Alguns euripterídeos invadiram a água doce e provavelmente deram origem a dois grupos: os aracnídeos e os crustáceos (mais recentes que os primeiros).

Caranguejo Coco


Esta estranha criatura aí da foto é conhecido como caranguejo do coco. Ele é um caranguejo gigante, que pode chegar a um metro comprimento e chega a pesar 17kg. Eles tem 8 patas e suas maiores características são as fortes pinças capazes de partir um coco ao meio! A criatura consegue escalar o tronco de palmeiras e coqueiros em busca dos frutos. O caranguejo do coco é nativo das ilhas paradisíacas do Oceano Índico. Ele tem hábitos noturnos e é o único caranguejo do gênero Birgus.
Além do coco, que ele costuma devorar, o caranguejo consume frutas, folhas, cascas dos ovos de tartaruga e até mesmo de outros animais.
Este animal é fortemente atraído por objetos brilhantes. É normal que pessoas com propriedades nestas ilhas descubram que jarros de planta e objetos de prata foram roubados pelos caranguejos do coco.
O caranguejo do coco é usado como iguaria e segundo alguns teria sabor e modo de preparo similar à lagosta. Não existem dados estatísticos para determinar se o animal corre algum risco de extinção, mas sabe-se que de acordo com a sua dieta, pode eventualmente tornar-se venenoso aos humanos.

Curiosidades


Diz-se que o camarão "limpa" o mar, porque ele se alimenta de animais mortos e outros detritos orgânicos.
Como é a vida do caranguejo-dos-coqueiros? No início de sua vida, o caranguejo-dos-coqueiros esconde o seu abdome mole em conchas abandonadas de moluscos. Na fase adulta, não dispõe de conchas de tamanho suficiente para o seu corpo. A partir desse momento, ele enrola o abdome embaixo do cefalotórax e passa a viver no ambiente terrestre.
Em terra, encontrando um coqueiro, sobe pelo caule e usa as pinças para derrubar os cocos verdes, de cuja polpa ele depois de alimentará.
O caranguejo-dos-coqueiros respira através de uma estrutura forrada de tecido úmido, que absorve oxigênio do ar. Na época de reprodução, retorna ao mar onde deposita os seus ovos.
Os crustáceos são excelentes alimentos. Camarão e lagosta são pratos que disputam a preferência da pessoas.
O camarão pode ser encontrado naturalmente nas peixarias, nas feiras e nos supermercados. Pode-se adquiri-lo também descascado, congelado e embalado em caixas. Nos restaurantes, entra no preparo de pratos diferentes: ensopado (cozido e servido com pirão), moqueca (cozido com azeite-de-dendê e leite de coco), risoto (cozido misturado com arroz) e outros.
Com o siri e o caranguejo também se fazem bons pratos.
Geralmente, é feito o "catado" de suas carnes antes de preparar os pratos, que têm receitas variadas. Em beira de praia, costuma-se fazer um tira-gosto com o caranguejo inteiro, que é quebrado com paus especiais e "catado" na hora.
O maior camarão de água doce - vive na Amazônia. Também encontrado em alguns rios do Nordeste, chega a medir 48 centímetros da cauda à ponta das garras.

Muda


Como o esqueleto é rígido, deve ser mudado periodicamente para permitir o crescimento do tamanho do corpo.
Órgão X, uma pequena glândula, produz hormônios que inibe a muda, enquanto que os hormônios do órgão Y induz a muda.
Antes da muda um novo esqueleto mole cresce embaixo e separe-se do mais velho, músculo e outras estruturas dentro das extremidades amolecem e diminuem de volume. A velha cutícula então abre-se dorsalmente, e o animal lentamente se retira deixando o revestimento aumentando o volume do corpo e distendendo a nova cutícula.
Em camarão por exemplo, ocorre várias mudas que determina estágios larvais, onde os jovens são muito diferente dos animais adultos. Estágios larvais do camarão : Nauplius, Protozoea, Zoea, Mysis e Adulto.

Regeneração


Os crustáceos como os artrópodes em geral tem boa capacidade de regenerar partes perdidas. Quando perde-se uma parte ela começa a ser regenerada na muda seguinte e cresce a cada muda, até ficar completa.
Se arrancarmos o pedúnculo todo do olho, a regeneração pode ser defeituosa e não originar um novo olho, e sim um apêndice em forma de antena. Regeneração de uma parte diferente daquela que foi removida é chamada heteromorfose. A regeneração é tanto maior quanto mais jovem for o animal.

Revestimento do corpo dos crustáceos


O esqueleto é um sistema encarregado da sustentação do corpo, tanto em vertebrados como em invertebrados; nos vertebrados, o esqueleto fica dentro do corpo, e nos invertebrados fica fora, revestindo o corpo. Dizemos, então, que os vertebrados tem endoesqueleto (esqueleto interno) e que os invertebrados tem exoesqueleto (esqueleto externo).
Dentre os artrópodes, os crustáceos são os que possuem exoesqueleto mais volumoso e mais desenvolvido; Ele forma a crosta, que deu nome aos crustáceos, e que reveste e protege o corpo desses animais. Essa crosta é constituída por quitina e carbonato de cálcio.
Externamente, podemos reconhecer duas partes no corpo dos crustáceos: o cefalotórax e abdômen (comentário acima).

Classificação dos Crustáceos



O número de patas é um bom critério, que permite dividir a classe dos crustáceos em duas ordens:
Decápodes
Isópodes
Os decápodes são crustáceos de dez patas.
Os isópodes são crustáceos que possuem numerosas patas, todas semelhantes. O exemplo mais conhecido é um isópodes encontrado em toda a costa litorânea do Brasil, conhecido por Tatuí, tatuíra ou tatuzinho de de praia.

Reprodução dos Crustáceos

A maioria dos crustáceos é dióica. Os machos possuem apêndices especializados que transferem os gametas para os receptáculos seminais da fêmea, onde ficam armazenados. Os óvulos são eliminados para fora do corpo e ficam pregados no abdome por uma espécie de cola. A fecundação é externa. Em algumas espécies o desenvolvimento pode ser direto ou indireto, este último pode ter várias fases larvais.